domingo, 26 de setembro de 2010

Morte

Morte é uma palavra tão forte e tão contraditória ao mesmo tempo que chega a impressionar, pelo menos a mim.

Isso quer dizer que: ao se falar em morte, mesmo sem querer, quem está escutando acaba "sofrendo" junto ao próximo e isso torna uma simples palavrinha como essa, alvo de repulsa e distância, pois ninguém a quer por perto (e eu sou um deles, risos). E tão contraditória, por ser a única coisa na nossa vida que é certa, ou seja.. a única coisa que TODOS sabemos é que vamos morrer.

Isso quer dizer que por sabermos que vamos morrer, deveríamos manusear o tema com certa facilidade? Não! Pelo contrário, ela é algo que, a meu ver é dificil de ser aceita principalmente, por dois motivos, sendo eles: A mídia e o apego à "vítima".

Primeiramente podemos citar as manchetes de jornais em veículos televisivos, estes que nos mostra um lado da morte onde só existe violência e brutalidade, seja através de acidentes entre veículos, aviões que caíram e pegaram fogo, pessoas que foram esquartejadas, vítimas de suicídio tendo pulado de um alto andar em um prédio, também balas perdidas, ou policiais que pegam vítimas inocentes e estupram e matam, dentre inúmeros outros casos. Até então, tudo são notícias, porque temos de estar atualizados para o que ocorre no dia-a-dia! Não pra mim... Não sei se por ser adepto da doutrina espírita e notícias como essas me consumam uma energía psíquica muito grande, ou por causarem grande impacto na minha pessoa, casos de brutalidades, ou até por não gostar. Logo em seguida perguntam: Ah! Se você não assiste jornal, você está por fora do que ocorre no mundo. Errado! A televisão não é o único veículo de informação existente, logo eu posso "fuçar" os sites informativos na internet e eu posso ESCOLHER o que vou ler, e notícias funebres passo apenas pelo tópico, isto é, agora eu estou informado, porém com toda a minha energia psíquica no lugar pois, saber quem faleceu, ou quem foi esquartejado não vai me ser útil em vida.

Com isso uma nova questão vem a tona: você tem de assistir.. se o mundo está violento mesmo, você acha que está no mundo de Alice? E então vem a resposta: Não! Eu não estou no mundo de Alice, ainda que eu não saiba a notícia do jornal, eu sei que todos os dias morrem pessoas, assaltos acontecem, infelizmente, mas como acredito na força do pensamento e em Deus, gosto que em minha mente existam apenas coisas boas, e artigos desse tipo fiquem em segundo plano. Mito ou Verdade, não sei! Mas comigo funciona e eu gosto de ser assim, transmitir coisas boas para as pessoas.. Acho que consigo!

Uma outra questão que torna a aceitação da morte muito difícil na minha visão, é o grau de apego e proximidade com a vítima, isto é.. levantando casos hipotéticos onde exista o amor entre pais, mães e filhos. Uma pessoa, tem uma vida, luta para construir uma família e solidificá-la, têm seus filhos e os criam com bastante amor e esforço, logo passa a ter os filhos como a coisa mais importante do mundo onde, nos dias de hoje, passa-se em média 20 anos ou mais convivendo no mesmo ambiente, vendo-os crescer, se desenvolver, acompanhando cada passo até que o dia chega (é, pra mim todos já temos os dias certos de morrer, na hora de Deus e quando não somos pessoas ruins, nem cometemos suicídio, é porque cumprimos nossa missão na Terra).

Não existe sofrimento maior que a perda de alguém, porque, afinal de contas, somos seres que pensamos e sentimos, contudo também sofremos e isso é natural dos seres vivos, ao menos da maioria e ainda que exista um luto antecipado logo, a dor vai ser grande do mesmo jeito, ainda que fosse uma morte "por alívio", isto é, onde o sofrimento alheio é imenso e a clássica máxima "foi melhor pra ele.. estava sofrendo demais, sentindo muitas dores" ainda com esse "consolo" a perda é extremamente impactante e dolorosa.

Então, não acho que deveriamos ser imortais ao menos não com a sociedade do jeito em que está e mesmo sabendo que quem vai é o corpo e o espírito fica. Apesar de doloroso, é um momento onde, querendo ou não, toda a família se une e a compaixão está presente fazendo com que lembremos somente dos momentos bons onde os nossos entes queridos estiveram presentes. Vivamos para ser felizes e ajudar ao próximo, a caridade é um bem bastante engrandecedor.

Aos que já foram: Que Deus os tenha!

Tenham uma ótima leitura.

Abraços.

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