domingo, 26 de setembro de 2010

Medo do Novo

Olá pessoal, esses dias lendo algumas coisas me ocorreu a ideia de escrever sobre "O medo do Novo", algo bastante presente e evidente em nosso dia a dia.

Quantos de nós ainda não vimos pessoas reclamando tanto de algo, seja marido, trabalho, sejam "amigos", mas que "não conseguem" separar-se destes? Isso é algo que nos leva a uma forte reflexão e muitos questionamentos sobre porque isso ocorre.

Acredito que hoje as pessoas tenham muito medo de "se desligar" desta situações aversivas, por falta de amor próprio, ou por falta de confiança em si, por estarem acostumados ou até por imaginar que pode encontrar algo pior. Com relação à relações conjugais, por criarem vínculos afetivos (porque existem bons momentos em qualquer relação) tentam imaginar, quando percebem que existe algum defeito no cônjuge, que conseguirão mudá-los com o tempo. Este pensamento se mantém embutido mesmo após mais de 10 anos de convivência, mesmo sabendo que a mudança não vai ocorrer, ou seja, se prendem a uma situação ilusória e a uma crença criada, muitas vezes a partir de um único ato durante a vida ou pelas suas próprias razões.

A minha visão acerca muitas coisas foi sendo modificada ao longo dos anos, muita coisa aprendi com as relações inter pessoais sobre "algumas questões da vida" mas minha opnião foi ganhando solidez durante este período onde o que pude ver é que as pessoas têm MEDO de viver coisas novas e, um exemplo concreto, real e não único, são o de pessoas, em relacionamentos longos, superiores aos 10 anos, como citado acima, não satisfeitos com alguns "defeitos" do (a) parceiro (a), onde encontraram n'um "amigo (a)" n'um conhecido, ou até numa pessoa distante a sua possível completude... Amor, carinho, atenção, e a chance de começar de novo e viverem felizes, ainda que não dê certo, mas o que acontece? Nada...

Estas pessoas preferem viver nas suas vidas mesmo que super insatisfeitas, por não querer arriscar, por terem medo de viver, por pensarem em "depois eu troco esse que é ruim, por um pior.. antes deixar como está", muitos devem agora estar se perguntando, mas porque você não chega e fala com eles para arriscarem? Ficar somente julgando é um ato bem simples... É verdade. Não cabe a nós dizer para ninguém mudar sua vida, mas apontar caso sejamos solicitados porque é o outro que vai conviver com a decisão. Quando se trata de pessoas que gostamos e percebemos que estão sofrendo, acabamos por fazer a opção de tentar ajudá-los, e, um ponto que cheguei em comum nas várias situações que presenciei foi: É muito difícil alguém aceitar uma opinião de fora quando já tem toda uma construção de vida e conceitos estruturados, então para que isto se modifique exige muita vontade e determinação do sujeito, e, é claro, é necessário que este também o queira fazer, o que se torna complicado depois de "tudo o que passaram juntos". Uma boa sugestão é encaminhar para terapia.

Então chego a conclusão, que a nossa sociedade precisa de liberdade no relacionamento, pois as pessoas precisam de amigos, precisam conversar, precisam ter uma "vida além do relacionamento" e quando isso não existe, acaba-se criando "prisioneiros" ao invés de um relacionamento saudável e aí entramos uma nova questão, onde muito se escuta "Dar liberdade pra Ele(a) me traír? De jeito nenhum!" é um outro processo complicado na sociedade em que vivemos mas eu sou adepto do "Tudo que amo deixo livre, pois se voltarem é porque as conquistei, se não é porque nunca as tive"

Uma ótima reflexão.

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